Nossa principal missão é a CONSCIENTIZAÇÃO e ALERTA para estas crianças, internautas, famílias e a sociedade como um todo; inclusive políticos para que acordem com relação à pedofilia na rede pois é preocupante a ação destes criminosos que conseguem encontrar caminhos cada vez mais sórdidos e difíceis de incriminá-los.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
"Segredo Segredíssimo" - Odívia Barros
Vítima de abuso sexual diz que tema deveria ser abordado nas escolas
Odívia Barros, de 33 anos, é autora do livro 'Segredo Segredíssimo.'
História de abuso sexual na infância foi vivida pela escritora.
Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo
Assim como a menina Adriana, personagem do livro "Segredo Segredíssimo", sua criadora, a autora Odívia Barros, de 33 anos, sofreu abuso sexual na infância. A obra, lançada neste mês, é destinada a crianças e conta a história de uma menina triste e medrosa que tinha um segredo: era abusada por um "tio". Para Odívia, é essencial que o tema seja abordados nas escolas, logo nos anos iniciais do ensino fundamental. Especialistas na área de políticas públicas na infância e adolescência defendem que o tema precisa ser discutido no ambiente escolar, mas requer uma formação dos educadores.
A escritora argumenta que especialistas avaliam que a partir dos 5 anos já é possível orientar as crianças sobre a abordagem sexual imprópria por parte dos adultos. "Eles apontam que, após o convívio familiar, a escola mostra-se como situação ideal para detecção e intervenção junto aos casos de abuso sexual, justamente pelo tempo considerável em que a instituição, a criança e seus familiares interagem. É imprescindível discutir o tema. Ou fazemos isso ou os abusadores continuarão chegando primeiro."
A obra mostra a dificuldade que as vítimas têm de denunciar a situação. Na história, Adriana só contou sobre o abuso à mãe porque foi incentivada pela amiga Alice.
Odívia foi motivada a escrever o livro, pois queria evitar que a filha, de 5 anos, passasse pela mesma situação. "Mas como falar de um assunto tão difícil com uma criança? Pensei que deveria existir um livro que orientasse sobre o tema, sem assustá-las. Então resolvi escrevê-lo. Esse é o meu livro de estréia. Outros virão."
Para ela, a escola tem o compromisso ético e legal de notificar às autoridades casos suspeitos ou confirmados de maus-tratos, que incluem a violência sexual. "O ambiente escolar é um excelente lugar para que as discussões sobre abuso sexual aconteçam, sempre respeitando a faixa etária e o nível de conhecimento da criança."
Formação de professores
Na opinião de especialistas ouvidos pelo G1, o falar de abuso sexual na escola requer, sobretudo, uma formação especializada dos educadores.
"É necessário adequar a discussão para as pessoas que podem contribuir. Refletir com formadores de opinião, professores e educadores. A escola é um espaço apropriado, mas é necessário tratar com ressalva o público infantil", diz a socióloga Graça Gadelha.
Para Graça, publicações como "Segredo Segredíssimo" necessitam de orientação e diálogo porque a "criança não tem capacidade de refletir e entender a mensagem."
Itamar Gonçalves, coordenador de programa da Childhood Brasil, concorda que tais livros exigem "mediação." "É um material adequado, mas exige orientação de um adulto, da família ou da escola. Hoje não dá mais para a escola ficar ausente desta conversa. A comunidade escolar tem papel fundamental na prevenção, identificação, bem como na notificação dos casos de violência sexual."
Para Gonçalves, o tema sexo ainda é tabu na sociedade, muitas vezes os educadores são conservadores. Porém, segundo ele, é necessário discutir questões como desejo e afetividade, que vão muito além do conceito do início da década de 90 que tratava o sexo apenas como reprodução.
A Chidlhood Brasil, organização que defende os direitos das crianças e adolescentes contra abuso e explora sexual, possui um projeto de formação de educadores que já foi levado para os municípios de São Paulo e do Grande ABC. Atualmente, o trabalho é desenvolvido em nove cidades pernambucanas. O objeto é capacitar os educadores para que saibam prevenir, identificar e notificar os casos de violência sexual.
O Ministério da Educação também realizou um projeto de formação de 500 profissionais, sendo 430 da educação e 70 da rede de proteção de direitos de crianças e adolescentes, entre eles, conselheiros tutelares, profissionais de saúde e do desenvolvimento social. Além disso, o MEC possui três publicações que contemplam o tema destinadas aos educadores. São elas: "Guia Escolar: Métodos para Identificação de Sinais de Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes", "Escola que Protege" e "Impactos da Violência nas Escolas".
Fonte: www.geracaobooks.com.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário