quarta-feira, 27 de julho de 2011

CRIMES LIGADOS À PEDOFILIA - O que é Pedofilia? (Dr Carlos José e Silva Fortes-Promotor de Justiça)






Atualmente se observa, através dos indicadores oficiais e da mídia, um expressivo aumento nos casos de crimes ligados à pedofilia, não porque estejam necessariamente ocorrendo em maior número, mas principalmente porque as campanhas de esclarecimento (v. g. a campanha “Proteja”, do Governo do Estado de Minas Gerais, a campanha “Todos contra a Pedofilia”, da CPI da Pedofilia, entre outras...) têm obtido bons resultados em conscientizar a população da gravidade de tais delitos e da necessidade da apuração e do atendimento das vítimas.
Se faz necessário entender todo o sentido das palavras “pedofilia” e “pedófilo”. O termo “pedofilia” é uma palavra formada pelos vocábulos gregos “pedos” (que significa criança ou menino) + “filia” (inclinação, afinidade), portanto, literalmente, significa “afinidade com crianças”.

Mas é evidente que quando se fala em “crimes ligados à pedofilia” ou “crimes de pedofilia”, não se está referindo a quem gosta de crianças de maneira pura e desinteressada, como já entendido em respeitável artigo publicado pelo Boletim IBCCRIM (MORAES, Bismael B.. Pedofilia não é crime. Boletim IBCCRIM. São Paulo, v.12, n.143, p. 3, out. 2004). O significado não é literal. O termo deve ser entendido em todas as suas conotações:

No campo da Psicologia a palavra “pedofilia” é usada para denominar uma parafilia caracterizada por predileção de adultos pela prática de ato sexual com crianças. Essa parafilia é também chamado pedosexualidade, e pelo Código Internacional de Doenças da Décima Conferência de Genebra é um transtorno mental (CID-10, F65.4), o que não significa que o acusado seja doente mental ou tenha o desenvolvimento mental incompleto ou retardado, uma vez que pode entender o caráter ilícito do que faz e determinar-se de acordo com este entendimento.

De acordo com Tatiana Hartz (Psicóloga e Bacharela em Direito, especializada no atendimento de vítimas de abuso sexual):

“A Pedofilia é a parafilia mais freqüente e mais perturbadora do ponto de vista humano. É um transtorno de personalidade, conseqüentemente um transtorno mental que caracteriza-se pela preferência em realizar, ativamente ou na fantasia, práticas sexuais com crianças ou adolescentes. Pode ser homossexual, heterossexual ou bissexual, ocorrendo no interior da família e conhecidos ou entre estranhos. A pedofilia pode incluir apenas o brincar jogos sexuais com crianças (observar ou despir a criança ou despir-se na frente dela), a masturbação, aliciamento ou a relação sexual completa ou incompleta. Embora a pedofilia seja uma patologia, o pedófilo tem consciência do que faz, sendo a pratica do abuso sexual fonte de prazer e não de sofrimento. São pessoas que vivem uma vida normal, têm uma profissão normal, são cidadãos acima de qualquer suspeita, famoso “gente boa”, é mais provável um pedófilo ter um ar "normal" do que um ar "anormal" ”.

Fani Hisgail (Psicanalista, Doutora em Comunicação e Semiótica, autora do livro “Pedofilia – um estudo psicanalítico”), em entrevista a IstoÉ, nos diz:

“O pedófilo sabe o que está fazendo. Mesmo considerando que se trata de uma patologia, ele preserva o entendimento de seus atos o que o diferencia de um psicótico. O fato de a pedofilia ser uma patologia não significa que o pedófilo não deva ser punido. ... As estatísticas têm mostrado que 80 a 90% dos contraventores sexuais não apresentam nenhum sinal de alienação mental, portanto, são juridicamente imputáveis. ... Assim sendo, a inclinação cultural tradicional de se correlacionar, obrigatoriamente, o delito sexual com doença mental deve ser desacreditada. A crença de que o agressor sexual atua impelido por fortes e incontroláveis impulsos e desejos sexuais é infundada, ao menos como explicação genérica para esse crime.”

No campo jurídico a palavra “Pedofilia” vem sendo usada para indicar o abuso de natureza sexual cometido contra criança. Entretanto não existe na legislação brasileira tipificação específica de um delito que tenha o nomem juris de “pedofilia”, embora o termo já tenha sido usado em documentos oficiais, v.g.:

No artigo 3º do “Acordo de Cooperação entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República do Panamá, no campo da Luta Contra o Crime Organizado”, quando se refere ao intercambio de informações e dados, bem como tomada de “medidas conjuntas com vistas ao combate às seguintes atividades ilícitas”:... “atividades comerciais ilícitas por meios eletrônicos (transferências ilícitas de numerário, invasão de bancos de dados, pedofilia e outros)”;

No anexo 1, nº 143, do Decreto 4.229/2002 (DOU 14.05.2002), que dispõe sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH, quando se refere “Combater a pedofilia em todas as suas formas, inclusive através da internet”; etc.

Como visto, pedofilia não é simplesmente “gostar de crianças”, é, sim, “gostar de crianças para praticar sexo” e praticar sexo com crianças é crime.

Pratica um crime ligado à pedofilia, portanto, aquela pessoa que comete um estupro contra uma criança, um atentado violento ao pudor contra uma criança, aquele que produz, vende, troca ou publica pornografia infantil, aquele que assedia sexualmente uma criança através da internet, aquele que promove a prostituição infantil, etc.

Mas, como já esclarecido, existe uma minoria de pedófilos doentes e existem a grande maioria de pedófilos criminosos que sabem muito bem o que estão fazendo.

Existe o pedófilo não criminoso – ou seja, uma pessoa que é portadora da parafilia denominada pedofilia (que, portanto, tenha atração sexual por crianças) – que pode jamais praticar um crime ligado à pedofilia, justamente porque sabe que é errado ter relação de natureza sexual com uma criança ou usar pornografia infantil. Este pedófilo, justamente porque é dotado de discernimento e capacidade de autodeterminação, mantém seu desejo sexual por crianças somente em sua mente (não passa da fase de cogitação). Este não é criminoso, porque não praticou conduta ilegal.

Existe o pedófilo criminoso que, embora dotado de discernimento e capacidade de autodeterminação, resolve praticar uma relação de natureza sexual com uma criança ou produzir, portar ou usar pornografia infantil, mesmo sabendo se tratar de crime. Esse evidentemente é imputável e deve ser condenado conforme sua conduta.

Existe também uma minoria de pedófilos doentes mentais, que apresentam graves problemas psicopatológicos e características psicóticas alienantes, os quais, em sua grande maioria, seriam juridicamente inimputáveis (se assim determinado pelo exame médico competente, realizado no decorrer de um processo judicial), porque não tem discernimento ou capacidade de autodeterminação. Caso estes exteriorizem suas preferências sexuais, na forma de estupro contra criança, atentado violento ao pudor contra criança, uso de pornografia infantil, etc. não podem ser condenados, mas lhes deve ser aplicada a medida de segurança, conforme previsto em nossa legislação penal.

Existem, ainda, as pessoas que não são pedófilas, mas praticam crimes ligados à pedofilia. Por exemplo, temos aqueles que produzem e/ou comercializam a pornografia infantil para deleite dos pedófilos, mas que nunca sentiram atração sexual por crianças. Também temos aqueles que promovem a prostituição infantil, submetendo crianças ao “uso” dos pedófilos. Estes são simplesmente criminosos que visam lucro ilícito.

Por fim, existem aqueles que praticam ocasionalmente crimes sexuais contra crianças, mas que não são portadores da parafilia denominada “pedofilia”. São criminosos que se aproveitam de uma situação e dão vazão à sua libido com uma criança ou adolescente, mas que o fariam mesmo que se tratasse de uma pessoa adulta.

Como visto, pedofilia é uma parafilia e pedófilo é aquele que é portador dessa parafilia, podendo ser ou não criminoso, conforme os atos que venha a praticar.

Portanto, ser portador da parafilia denominada “pedofilia” não é, por si só, crime. Mas exteriorizar atos de pedofilia, ou seja, praticar estupro ou atentado violento ao pudor contra crianças, ou mesmo usar pornografia infantil, são crimes – porque definidos como tal em Lei. Tais crimes são evidentemente ligados à pedofilia – preferência sexual por crianças.

Assim, temos como crimes ligados à Pedofilia:
No CÓDIGO PENAL, até 06/08/2009, eram definidos principalmente os seguintes crimes ligados à pedofilia:

CRIME DE ESTUPRO: que é a relação sexual (vaginal) mediante violência (artigo 213 do Código Penal – pena de 6 a 10 anos de reclusão), quando praticados contra criança (menor de 12 anos de idade) ou adolescentes de até 14 anos de idade. O praticante via de regra é pedófilo, ou seja, portador da parafilia, porque tem excitação sexual com indivíduos do sexo feminino pré-púberes.

CRIME DE ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR: que é a prática de outros atos sexuais (por exemplo, sexo oral ou anal) mediante violência (artigo 214 do Código Penal – pena de 6 a 10 anos de reclusão), quando praticados contra criança (menor de 12 anos de idade) ou adolescentes de até 14 anos de idade. O praticante via de regra também é pedófilo, ou seja, portador da parafilia, porque tem excitação sexual com indivíduos do sexo feminino ou masculino pré-púberes.

MODIFICAÇÃO DO CÓDIGO PENAL: Atualmente, com a Lei 12.015, de 07 de agosto de 2009, foi dado um tratamento mais rigoroso aos agora chamados “Crimes contra a Dignidade Sexual”, com agravamento de penas e medidas processuais (sigilo e facilitação da iniciativa da ação penal), especialmente aos crimes cometidos contra menores de idade:

ESTUPRO DE VULNERÁVEL: é o ato de pedofilia por excelência. Consiste em ter conjunção carnal (relação vaginal) ou praticar outro ato libidinoso (sexo anal, oral, etc.) com menor de 14 (catorze) anos. O praticante via de regra é um pedófilo, porque tem excitação sexual com indivíduos pré-púberes (crianças, porque menores de 12 anos de idade) ou adolescentes de até 14 anos de idade. Esta definido no Artigo 217-A do Código Penal. A pena varia de 8 a 15 anos de reclusão, em casos comuns, e de 10 a 20 anos, se há lesão corporal grave na vítima, até 30 anos, se há morte da vítima.


DEFINIÇÃO DE “VULNERÁVEL”: é a pessoa menor de 14 anos ou aquela que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem a compreensão ou o discernimento necessário à prática de ato sexual, ou por qualquer outra causa, não pode opor resistência.

CORRUPÇÃO DE MENORES – INTERMEDIAÇÃO DE MENORES DE 14 ANOS PARA SATISFAÇÃO DA LASCÍVIA ALHEIA: é ato de intermediar um menor para ter sexo com outra pessoa. É a punição dos chamados “alcoviteiros” ou “agenciadores”. Artigo 218 Código Penal. Pena de 2 a 5 anos de reclusão.


SATISFAÇÃO DE LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE: é o ato de praticar sexo ou outro ato libidinoso na presença de criança ou adolescente menor de 14 anos. Artigo. 218-A do Código Penal. Pena de 2 a 4 anos.

FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE VULNERÁVEL: é o ato de submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual, pessoa menor de 18 anos ou VULNERÁVEL, ou seja, aquele que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento. Artigo. 218-B Código Penal. Pena de 4 a 10 anos e multa.

Também pratica o crime e está sujeito às mesmas penas: I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 e maior de 14 anos na situação de prostituição (ou seja, quem tem relação com menor de idade prostituída); II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo (o dono do “bordel” ou “zona” onde se encontra o menor).

TRÁFICO INTERNACIONAL DE PESSOA PARA FIM DE EXPLORAÇÃO SEXUAL: Artigo 231 do Código Penal. Pena de 3 a 8 anos, aumentada em 50%, se a vítima for menor de 18 anos.

TRÁFICO INTERNO (NACIONAL) DE PESSOA PARA FIM DE EXPLORAÇÃO SEXUAL: Artigo 232 do Código Penal. Pena de 2 a 6 anos, mais o aumento de 50%, se a vítima for menor de 18 anos;

RUFIANISMO: tirar proveito econômico da prostituição de outra pessoa. Artigo 230 do Código Penal. Quando cometido com violência, por parente ou contra menores a pena é de 3 a 8 anos de reclusão.

CRIME DE ASSÉDIO SEXUAL CONTRA MENORES DE 18 ANOS: consiste em usar a superioridade hierárquica ou ascendência funcional (patrão, chefe, superior, etc.) para obrigar a prática de relação sexual (sexo vaginal) ou outros atos libidinosos (sexo oral, anal, etc.). Artigo 216-A do Código Penal. A pena base é de 1 a 2 anos a aumenta 1/3 se a vítima é menor de 18 anos (conforme parágrafo 2º do mesmo artigo).

Em todos os casos acima a pena é aumentada, quando: resultar gravidez; se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador. É importante saber que os processos correrão em segredo de justiça, sendo a vítima menor.

Conforme o ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, tínhamos os artigos 240 e 241, que já haviam sido modificados em 2003, pela Lei 10.764 de 12/11/2003 (CPI da prostituição Infantil, Senadora Patrícia Saboya), e estabeleciam como crimes, basicamente, a produção e distribuição de pornografia infantil.

Entretanto, no dia 25 de novembro de 2008, durante a abertura do “III CONGRESSO MUNDIAL DE ENFRENTAMENTO DA EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES”, realizado no Rio de Janeiro, o Presidente da República sancionou a Lei 11.829/2008, proposta pela CPI da Pedofilia, que modificou o ECA, criando novos tipos de crimes para combate à pornografia infantil e ao abuso sexual, alterando os artigo 240 e 241, e criando os artigos 241-A a 241-E:

• CRIME DE PRODUÇÃO DE PORNOGRAFIA INFANTIL: é a produção de qualquer forma de pornografia envolvendo criança ou adolescente (artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 4 a 8 anos). Evidentemente a pornografia infantil produzida tem como destinatário o pedófilo, ou seja, a pessoa que tem excitação sexual com indivíduos pré-púberes, portanto o crime é diretamente ligado à pedofilia.

• CRIME DE VENDA DE PORNOGRAFIA INFANTIL: é o ato de vender ou expor à venda, por qualquer meio (inclusive internet), de foto ou vídeo de pornografia ou sexo explícito envolvendo criança ou adolescente (artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 4 a 8 anos). Estima-se que o comércio de pornografia infantil movimentou no ano de 2008 nos EUA cerca de 2 Bilhões de Dólares por ano, conforme o FBI (3 Bilhões, conforme estatística revelada pela Revista Marie Claire, novembro/2008). Também é claro que a venda de pornografia infantil tem como principal (ou único) cliente o pedófilo, ou seja, a pessoa que tem excitação sexual com indivíduos pré-púberes, portanto o crime é diretamente ligado à pedofilia.

• CRIME DE DIVULGAÇÃO DE PORNOGRAFIA INFANTIL: é a publicação, troca ou divulgação, por qualquer meio (inclusive internet) de foto ou vídeo de pornografia ou sexo explícito envolvendo criança ou adolescente (artigo 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 3 a 6 anos). As pessoas que publicam e/ou trocam entre si a pornografia infantil são, via de regra pedófilos, e o fazem porque sentem excitação sexual com indivíduos pré-púberes, portanto o crime é também diretamente ligado à pedofilia.

• CRIME DE POSSE DE PORNOGRAFIA INFANTIL: é ter em seu poder (no computador, pen-drive, em casa, etc.) foto, vídeo ou qualquer meio de registro contendo pornografia ou sexo explícito envolvendo criança ou adolescente (artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 1 a 4 anos). É característica do pedófilo guardar para si “troféus” ou imagens que estimulem sua preferência sexual.

• CRIME DE PRODUÇÃO DE PORNOGRAFIA INFANTIL SIMULADA (MONTAGEM): é o ato de produzir pornografia simulando a participação de criança ou adolescente, por meio de montagem, adulteração ou modificação de foto, vídeo ou outra forma de representação visual (artigo 241-C do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 1 a 3 anos). Este tipo de pornografia é muito usada por pedófilos para seduzir uma criança durante a prática do chamado “Grooming” (assédio sexual de crianças através da internet, do qual trataremos a seguir).

• CRIME DE ALICIAMENTO DE CRIANÇA: é o ato de aliciar, assediar, instigar ou constranger a criança (menor de 12 anos de idade), por qualquer meio de comunicação pessoalmente ao à distância: pelo telefone, internet, etc.), a praticar atos libidinosos, ou seja, passa a ser crime convidar ou “cantar” uma criança para relação libidinosa (sexo, beijos, carícias, etc.). É muito comum esse tipo de assédio pela internet, através de salas de bate-papo (chats) ou programas de relacionamento (MSN, ORKUT, MySpace, etc.). É o “Grooming” propriamente dito (artigo 241-D do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 1 a 3 anos).

Também pratica este crime quem (artigo 241-D, parágrafo único, do Estatuto da Criança e do Adolescente): facilita ou induz a criança a ter acesso a pornografia para estimulá-la a praticar ato libidinosos (sexo), ou seja, mostra pornografia à criança para criar o interesse sexual e depois praticar o ato libidinoso; ou estimula, pede ou constrange a criança a se exibir de forma pornográfica. O caso mais comum é o do criminoso pedófilo que pede a criança para se mostrar nua, semi-nua ou em poses eróticas diante de uma webcam (câmera de internet), ou mesmo pessoalmente.

“Internet Grooming” é a expressão inglesa usada para definir genericamente o processo utilizado por pedófilos criminosos (chamados também de predadores sexuais) na Internet, e que vai do contato inicial à exploração ou abuso sexual de crianças e adolescentes.

Trata-se de um processo complexo, cuidadosamente individualizado, pacientemente desenvolvido através de contatos assíduos e regulares desenvolvidos ao longo do tempo e que pode envolver a lisonja, a simpatia, a oferta de presentes, dinheiro ou supostos trabalhos de modelo, mas também a chantagem e a intimidação.

A Diretora de Pesquisa da “Cyberspace Research Unit” da “University of Central Lancashire” (UCLan), da Gran Bretanha, Rachel O'Connell, produziu um estudo, chamado “A Tipologia da Exploração Cybersexual da Criança e Práticas de Grooming Online” (“A Typology of Child Cybersexpolitation and Online Grooming Practices”), que nos dá informações extremamente relevantes para entender e poder explicar aos jovens as diversas etapas seguidas por este processo, que compreende a seleção de vítimas, amizade, formação de uma relação, avaliação do risco, exclusividade, conversas sobre sexo.

Durante o processo muitas vezes a pornografia infantil (simulada ou não) é usada como estímulo e meio de convencimento. Tais fases podem variar ou se mesclar, dependendo da situação. Mas é importante perceber que os pedófilos criminosos são especialistas de engenharia social e sabem levar as crianças/jovens a revelar as suas necessidades e desejos para, em função disso, explorar as suas vulnerabilidades.

Evidentemente trata-se de crime ligado à pedofilia.

Como visto, pedofilia não é simplesmente “gostar de crianças”, mas é “ter interesse sexual por crianças”. A manifestação deste interesse pode constituir crime conforme as tipificações legais.

Todo aquele que exterioriza tais práticas, conforme definidas em Lei – como analisado acima – pratica um crime ligado à pedofilia, independentemente de ser ou não portador da parafilia denominada “pedofilia”.

Portanto, ser portador da parafilia denominada “pedofilia” não é, por si só, crime. Mas exteriorizar atos de pedofilia, ou seja, praticar estupro ou atentado violento ao pudor contra crianças, ou mesmo usar pornografia infantil, são crimes – porque definidos como tal em Lei – e tais crimes são evidentemente ligados à pedofilia – preferência sexual por crianças.

Fonte: www.todoscontraapedofilia.ning.com

"Segredo Segredíssimo" - Odívia Barros




Vítima de abuso sexual diz que tema deveria ser abordado nas escolas

Odívia Barros, de 33 anos, é autora do livro 'Segredo Segredíssimo.'
História de abuso sexual na infância foi vivida pela escritora.

Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo

Assim como a menina Adriana, personagem do livro "Segredo Segredíssimo", sua criadora, a autora Odívia Barros, de 33 anos, sofreu abuso sexual na infância. A obra, lançada neste mês, é destinada a crianças e conta a história de uma menina triste e medrosa que tinha um segredo: era abusada por um "tio". Para Odívia, é essencial que o tema seja abordados nas escolas, logo nos anos iniciais do ensino fundamental. Especialistas na área de políticas públicas na infância e adolescência defendem que o tema precisa ser discutido no ambiente escolar, mas requer uma formação dos educadores.

A escritora argumenta que especialistas avaliam que a partir dos 5 anos já é possível orientar as crianças sobre a abordagem sexual imprópria por parte dos adultos. "Eles apontam que, após o convívio familiar, a escola mostra-se como situação ideal para detecção e intervenção junto aos casos de abuso sexual, justamente pelo tempo considerável em que a instituição, a criança e seus familiares interagem. É imprescindível discutir o tema. Ou fazemos isso ou os abusadores continuarão chegando primeiro."

A obra mostra a dificuldade que as vítimas têm de denunciar a situação. Na história, Adriana só contou sobre o abuso à mãe porque foi incentivada pela amiga Alice.

Odívia foi motivada a escrever o livro, pois queria evitar que a filha, de 5 anos, passasse pela mesma situação. "Mas como falar de um assunto tão difícil com uma criança? Pensei que deveria existir um livro que orientasse sobre o tema, sem assustá-las. Então resolvi escrevê-lo. Esse é o meu livro de estréia. Outros virão."

Para ela, a escola tem o compromisso ético e legal de notificar às autoridades casos suspeitos ou confirmados de maus-tratos, que incluem a violência sexual. "O ambiente escolar é um excelente lugar para que as discussões sobre abuso sexual aconteçam, sempre respeitando a faixa etária e o nível de conhecimento da criança."

Formação de professores
Na opinião de especialistas ouvidos pelo G1, o falar de abuso sexual na escola requer, sobretudo, uma formação especializada dos educadores.

"É necessário adequar a discussão para as pessoas que podem contribuir. Refletir com formadores de opinião, professores e educadores. A escola é um espaço apropriado, mas é necessário tratar com ressalva o público infantil", diz a socióloga Graça Gadelha.

Para Graça, publicações como "Segredo Segredíssimo" necessitam de orientação e diálogo porque a "criança não tem capacidade de refletir e entender a mensagem."

Itamar Gonçalves, coordenador de programa da Childhood Brasil, concorda que tais livros exigem "mediação." "É um material adequado, mas exige orientação de um adulto, da família ou da escola. Hoje não dá mais para a escola ficar ausente desta conversa. A comunidade escolar tem papel fundamental na prevenção, identificação, bem como na notificação dos casos de violência sexual."

Para Gonçalves, o tema sexo ainda é tabu na sociedade, muitas vezes os educadores são conservadores. Porém, segundo ele, é necessário discutir questões como desejo e afetividade, que vão muito além do conceito do início da década de 90 que tratava o sexo apenas como reprodução.

A Chidlhood Brasil, organização que defende os direitos das crianças e adolescentes contra abuso e explora sexual, possui um projeto de formação de educadores que já foi levado para os municípios de São Paulo e do Grande ABC. Atualmente, o trabalho é desenvolvido em nove cidades pernambucanas. O objeto é capacitar os educadores para que saibam prevenir, identificar e notificar os casos de violência sexual.

O Ministério da Educação também realizou um projeto de formação de 500 profissionais, sendo 430 da educação e 70 da rede de proteção de direitos de crianças e adolescentes, entre eles, conselheiros tutelares, profissionais de saúde e do desenvolvimento social. Além disso, o MEC possui três publicações que contemplam o tema destinadas aos educadores. São elas: "Guia Escolar: Métodos para Identificação de Sinais de Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes", "Escola que Protege" e "Impactos da Violência nas Escolas".

Fonte: www.geracaobooks.com.br

CRIANÇA QUE TRABALHA TEM MAIS ALTERAÇÃO DE HUMOR E DÉFICIT DE ATENÇÃO NA FASE ADULTA

Os malefícios do trabalho infantil à saúde foi o tema do último Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil realizado nesta segunda-feira, na sede no MPT da 2ª Região/SP. A palestra foi ministrada pelo professor e médico Pediatra do Departamento de Pediatria Social da Faculdade de Medicina da UNICAMP Roberto Teixeira Mendes.



Durante a palestra, explicou como o trabalho infantil interfere na saúde dessas pessoas na fase adulta. Em curto prazo, os prejuízos vão desde dificuldades no convívio social, maior vulnerabilidade e menos resistência a frustrações. Segundo Mendes, “o desenvolvimento da criança pode ser radicalmente afetado quando ela está inserida numa estrutura do mundo adulto”.

Ressalta que uma das principais capacidades afetadas é a resiliência, conceito da física que explica a capacidade de um corpo recuperar sua forma original após sofrer choque ou deformação. A partir dessa ideia é possível compreender o poder de recuperação das pessoas que sofreram algum trauma, ou da forma como suportam as condições de determinados ambientes.

As crianças que trabalham, quando atingem a idade adulta, possuem dificuldade em enfrentar a vida e superar momentos de adversidade. Tornam-se mais propensas a alterações de humor e déficit de atenção, por não terem desenvolvido sua capacidade de se relacionar com o próximo e construir uma afetividade.

Roberto Teixeira Mendes, relatou ainda o papel do profissional da área pediátrica no acompanhamento de quaisquer alterações no comportamento infantil e reiterou a importância da participação dos pais e da escola trabalhando em conjunto. Na opinião de Mendes, tanto os profissionais da área como as instituições governamentais não estão plenamente preparados para enfrentar o problema, nem percebem a sua dimensão.



Para ele, o trabalho infantil acaba sendo aceito como fato comum na cultura dos centros urbanos, pois comumente é apontado como uma alternativa à criminalidade e à violência urbana.
As brincadeiras exercem um papel fundamental no desenvolvimento infantil e esta etapa não pode ser interrompida. Através destas atividades o ser humano desenvolve habilidades de abstração, de criar e compreender símbolos. Essa vivência contribui para o amadurecimento da sua objetivação do mundo e construção do real. Segundo Mendes “A criança que não brincou não ensaiou seu papel no mundo”.



Fonte: jusclip.com.br

NEGLIGÊNCIA E ABANDONO .

A criança e o jovem vítimas de negligência são definidos como aqueles privados de necessidades básicas para o seu desenvolvimento. Os maus tratos são evidenciados de várias formas, entre elas: deixar de vacinar, de assisti-los quando estão doentes, de cuidar da sua alimentação, higiene, protegê-los contra acidentes, entre outros fatores de riscos.Normalmente quem mais pratica esse tipo de abuso são as genitoras, por estarem mais perto da criança sendo sua principal responsável direta dentro do papel da família. As mais atingidas tem entre 0 a 9 anos de idade, por conta da dependência dos cuidados básicos, sendo difícil diagnosticar, principalmente quando esses abusos acontecem em famílias muito carentes de informações, e até mesmo de renda.Isso não quer dizer que a negligência só acontece nas classes mais pobres - engano! Ela também está presente entre os bem-nutridos de alimentos e de bens materiais, que por sua vez, não são supervisionados ou orientados pelas famílias.Os adolescentes atualmente consomem bebida alcoólica cada vez mais cedo, com o consentimento dos pais que às vezes bebem juntos, achando normal fazê-lo por estar em família; isso também é negligência. Outros, fazem sem que a família sequer tome conhecimento, indo muito mais longe, passando a praticar outros atos que por comodismo, são negligenciados pelos pais, como sair com o carro destes mesmo, sem a devida habilitação e condição; outros ignoram os vídeos inadequados para a faixa etária. E por esse caminho, a negligência vai cruzando a fronteira do abandono.

O abandono é caracterizado pela ausencia de pessoas responsáveis pela criança ou adolescente, deixando-os expostos a situações de riscos. O abandono pode ser por ausencia temporária (PARCIAL), ou (TOTAL) que é a exclusão de cuidados básicos, caracterizados por situações de desamparo, sem nenhum tipo de assistência, moradia, correndo perigo. Neste tipo de situação, a criança já pode estar em condições de ser adotada legalmente. Muitas mães abandonadas na infância, correm o risco de se tornarem mães abandônicas, pela falta de suporte emocional e material para cuidar de um filho.Existem ainda casos de abandono, que se tornam atos extremamente violentos se forem acompanhados de situações como: bebês encontrados em lixeiras, portas de hospitais, nas portas de algumas casas, em terrenos baldios dentro sacos de lixos ou caixas de pepelão, e tantas outras situações observadas de vez quando na mídia.
Atualmente um dos maiores problemas relacionados com o abandono são encontrados nas instituições, quando as crianças ali permanecem por muitos anos, perdendo a oportunidade de encontrar uma família, porque no nosso Brasil, infelizmente os casais que se candidatam a adoção de uma criança, normalmente fazem opção por recém nascidos e pele clara. Assim, os negros vão perdendo a chance de serem recebidos em um lar brasileiro, e aqueles que o fazem são a minoria.
A cultura da adoção tenta sensibilizar as familias para a adoção de crianças negras e com uma idade mais avançada, sem as barreiras do proconceito, atitudes que do meu ponto de vista podem gerar tão somente um ato de piedade, tudo o que nossas crianças não precisam.
Elas precisam de amor, de família, de proteção e de serem reconhecidas como brasileirinhos e brasileirinhas iguais a todos nós, filhos de uma pátria mãe com uma mistura de raças mais linda do planeta.
Quem disse que o Brasil é um país de brancos? Só é branco aquele que não nasceu nessa pátria verde e amarela.

Texto extraído das "Comunidades Virtuais de Aprendizagem"

27 de Julho _ Dia do (a) PEDIATRA. Uma homenagem CRIANÇA NÃO É BRINQUEDO. Carla, Juliete, Larissa & Sallime.


Ser Médico...

aliviar sofrimentos
penetrar fundo nos tormentos
da humanidade

Ser Médico...
dar de si profundamente
sentir a dor do doente
compreender a sua sorte
é se doar por inteiro
é romper o nevoeiro
que separa vida e morte

Ser Médico...
uma vida a dar vidas
a mão que cura feridas
a palavra que conforta
o olhar compadecido
ele é sempre o amigo
que ao bater lhe abre a porta

Ser Médico...
é infundir confiança
ao velho, ao jovem, à criança
é ser de Deus o instrumento
dando alívio à dor alheia
tecer fibra a fibra uma teia
seguindo o seu juramento

Ser Médico...
é ter na mão a leveza
agir com delicadeza
é ver em cada criatura
o pai, a mãe, o filho, o parente
para que seu trabalho apresente
o dom verdadeiro da cura

Ser Médico...
é empreender com carinho
conhecer e traçar seu caminho
sem jamais pensar no tédio
comprimidos não resolvem
nem diplomas se devolvem...
é uma paixão sem remédio!!!

terça-feira, 26 de julho de 2011

CRIANÇA NÃO É BRINQUEDO





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QUEM SOMOS:


CRIANÇA NÃO É BRINQUEDO!

Nascido em março de 2011, reúne um time de pessoas de profissões diversas, em Estados distintos, que se encontraram através da internet, por um ideal em comum: A luta em prol da preservação, assistência e proteção de nossas crianças.
Atuando como ferramenta de informação, esclarecimento e divulgação, o CRIANÇA NÃO É BRINQUEDO, vêm reunindo milhares de pessoas no Brasil e no mundo, que se preocupam e se sensibilizam com as causas engajadas pela comunidade. Quando necessário, a comunidade atua como mediadora de denúncias de qualquer tipo de violência contra crianças, promovendo apoio e orientação.
O foco principal do CRIANÇA, são as mais variadas vertentes que envolvam a infância, desde aspectos emocionais à questões de desenvolvimento social.
Vítima de violência durante a infância, Larissa (criadora da comunidade, hoje casada e mãe de dois filhos, uma adolescente e uma criança), preocupada com o tão conhecido "silêncio dos inocentes", transformou seu desespero em arma de combate à essa monstruosidade real e desastrosa, denominada "pedofilia".
Assim que o movimento foi criado, Larissa recebeu mais um presente de Deus, o apoio de um anjo que veio para impulsionar ainda mais essa luta, o Promotor de Justiça Curador da Infância e Juventude em Divinópolis/MG o Dr Carlos José e Silva Fortes, o "Casé Fortes", que atua de maneira brilhante difundindo a campanha "Todos contra a pedofilia" (www.todoscontraapedofilia.ning.com). Seguido das presenças de Carla Alves, Juliete e Sallime. Completando então um time incansável de militantes do bem!
Colocando em foco novamente, a proposta do CRIANÇA NÃO É BRINQUEDO, é alertar e conscientizar a sociedade, inclusive autoridades e políticos, sobre o perigo real que assola nossas crianças, seja através da internet e/ou mesmo dentro das próprias famílias. Cobrando atenção de todos, uma vez que os pedófilos se tornam cada vez mais ousados e buscam, dia após dia, maneiras sórdidas de promover a exploração infantil e burlar quaisquer caminhos que os incriminem.
Lembrando que a pedofilia movimenta no mundo hoje, mais dinheiro que o tráfico de drogas, e que o Brasil é o terceiro país onde mais ocorrem casos dessa atrocidade, todos os esforços para transformar essa realidade, são imprescindíveis.
Afinal: CRIANÇA NÃO É BRINQUEDO!!!

Adultos que ferem

Nunca na história da humanidade, se falou tanto em direitos humanos, em preservação da vida e principalmente em cuidados e proteção das crianças, em preservação da infância. Ao mesmo tempo, é cada vez mais evidente, uma prática cruel e monstruosa, com a qual a sociedade não sabe lidar, seja por ignorância ou medo, e que cada vez mais, têm engajado campanhas, e mobilizado inúmeros órgãos e segmentos da sociedade: a pedofilia.
A pedofilia é o desvio sexual caracterizado pela atração por crianças e pré-adolescentes, com os quais os portadores dão vazão ao erotismo praticando obscenidades e/ou atos libidinosos, não havendo necessariamente contato físico com as vítimas, para que se configure como prática criminosa.
A grande maioria dos casos ocorre dentro das famílias, ou com pessoas muito próximas às vítimas. Os criminosos (pedófilos), além de terem alguma intimidade com as crianças, têm influência e poder de manipulação sobre ela, o que garante que seus atos não serão delatados. Cria-se então "a lei do silêncio". Infelizmente, temos visto uma leva absurda de casos de abuso e prostituição infantil, que quando não praticados por algum familiar, são acobertados, intermediados e consentidos pelos mesmos.
Não é fácil diagnosticar esses criminosos, uma vez que não há um perfil psicológico específico. Existem alguns padrões de comportamento das vítimas, que facilitam o diagnóstico dos abusos. Neste ponto cabe a nós, termos coragem e consciência para, deixar o comodismo e a negligência de lado, e enxergarmos que este crime existe, e deve ser ferrenhamente combatido.
O que leva um adulto a desejar, violar, torturar uma criança, ainda não pode ser explicado pela ciência, só se comprovou que essa anomalia na preferência sexual, não é doença, pois os criminosos têm pleno discernimento do que é certo e errado, tanto que manipulam de maneira sórdida suas vítimas, para não revelarem seus atos. O fato é que os traumas e sequelas causadas às vítimas, são irreversíveis.
Quando uma criança é abusada, ela perde sua referência moral, têm sua autoestima destruída. Ela se sente suja e abandonada pelo mundo e isso traz consequências desastrosas em seu desenvolvimento, em sua formação, na construção do seu caráter e em sua vida, gerando também consequências diretas na sociedade.
Os primeiros indícios de abusos são: alterações bruscas no humor, depressão; tristeza profunda seguida de comportamentos agressivos; revolta; apatia; crises de pânico; distúrbios alimentares; alteração no peso e aparência; dores no estômago, vômito e diarreia, colicas intestinais, doenças venéreas, enurese e encoprese, masturbação excessiva e comportamento sexual inadequado para a idade (conhecimento demasiado sobre comportamento sexual de adultos), entre outros. Seguidos de negligência nos estudos e evasão escolar. Principalmente em relação às crianças as dificuldades de aprendizado, regressões emocionais, psicológicas e motoras e bloqueios cognitivos são graves indícios de que a criança esta sofrendo algum tipo de violência séria.
Uma ferramenta que têm facilitado muito a ação dos pedófilos e movimentado milhões no comércio sexual de crianças, é a internet. Existem relatos de pessoas que presenciaram, em tempo real, o estupro de crianças com idade entre três e oito anos de idade, (de ambos os sexos), em salas de bate bapo.
Dados da ONU, revelam que milhares de crianças são sequestradas anualmente, nos continentes Asiático e Africanos, e vendidas como escravas sexuais. Há uma espécie de catálogo, criados por agências especializadas neste tipo de crime, onde as crianças são exibidas e escolhidas pelos compradores. O mercado internacional da pedofilia, movimenta no mundo valores superiores, aos do tráfico de drogas, até 2006 a estimativa anual, era de 10 Bilhões de dólares, valores esses que triplicaram até o fim de 2010. De acordo com o FBI, o Brasil está entre os três países onde mais ocorrem casos de pedofilia. Nesse mercado sujo, uma foto de uma criança sendo abusa, mantendo relações sexuais com adultos ou mesmo com animais, chega a valer cerca de 100 Dólares, e um vídeo de cinco minutos, até Mil Dólares. Absurdo? Não, mundo real! E quanto menor a idade da criança, maior o valor comercial.
Um aspecto aterrorizante nessa máfia social pervertida, são as associações ativistas pró-pedofilia, que defendem que a pedofilia não é uma doença ou desvio de comportamento, mas sim uma orientação sexual, e que a sociedade deve reconhecer, aceitar e legitimar essa prática. Esses ativistas defendem vigorosamente esta prática e alegam, que assim como a homossexualidade já foi vista como doença e hoje é uma escolha, a pedofilia rotulada como crime, também se enquadra nessa posição de "preconceito" social.
No Brasil, temos a disposição da sociedade, órgãos que atuam diretamente na preservação da infância e juventude, são eles: Conselhos Tutelares (presentes em todos os municípios); Ministérios Públicos Estaduais (presentes em todos fóruns e comarcas); Polícias: Militar, Civil e Federal, Delegacias Especiais de Proteção à Crianças e Adolescentes. Contamos também com o Disk 100, um serviço da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos que recebe e encaminha denúncias de violências e maus tratos contra crianças e adolescentes, onde a ligação é gratuita e pode ser feita anonimamente.
Mesmo com tantas informações e campanhas de combate e prevenção aos crimes ligados a pedofilia, o que vemos é crescer diuturnamente o número de casos e escandalos envolvendo esta prática. O que confirma a importância de implantar socialmente, projetos e iniciativas de conscientização, prevenção e combate à tais práticas.
Cada vez mais, recai sobre nós, a responsabilidade de atuar incansavelmente, como pais, educadores, cidadãos de bem e agentes sociais, para que a integridade e os direito básicos, garantidos como PRIORIDADE ABSOLUTA em nossa Constituição, das crianças e adolescentes, não sejam jamais deturpados, lesados e descumpridos, por quem quer que seja.
Afinal: Criança não é brinquedo!



Sallime Chehade
Pedagoga
Graduanda em Direito
Coordenadora e palestrante em projetos educativos e de desenvolvimeto social, ligados ao combate e prevenção de violência e maus tratos contra crianças e adolescentes.

Trabalho infantil atrapalha desenvolvimento da criança

Os males causados pelo trabalho infantil no desenvolvimento da criança foram discutidos hoje (22) durante o Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, em São Paulo. O tema foi apresentado pelo pediatra e professor Roberto Teixeira Mendes, do Departamento de Pediatria Social da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). De acordo com ele, O trabalho infantil atrapalha o desenvolvimento da criança, principalmente o mental. Além de provocar efeitos mais imediatos como doenças infecciosas e traumas.

Segundo Mendes, os efeitos vão depender da faixa etária e do tipo de trabalho que está sendo desenvolvido pela criança. Mas eles vão ocorrer. “O trabalho pode ser exaustivo, pesado, insalubre e trazer efeitos imediatos, como intoxicação e traumas. Mas mesmo que o trabalho não tenha nada disso, só por ser trabalho vai tirar a criança do seu momento específico de vida que é brincar, fantasiar e elaborar o mundo que a cerca à sua maneira. E a criança precisa de tempo e condições para fazer isso”, disse.

De acordo com o pediatra, o ideal é que a criança não trabalhe, mas brinque. “A partir dos 15 anos de idade, quando o adolescente é capaz de compreender o mundo e a produção, o que é dinheiro e trabalho, ele pode eventualmente se inserir - se for vontade dele também - no mundo do trabalho. Mas isso ainda não pode ser a sua principal atividade. A principal atividade dele será se capacitar para o futuro”, declarou.

O professor também falou sobre os problemas das doenças ocupacionais que, na criança, elas só aparecem na fase adulta. “Doenças ocupacionais são idênticas em crianças e em adultos. A única diferença é que as doenças ocupacionais que vão causar malefícios a longo prazo não vão aparecer na criança. Vão aparecer no adulto. Mas a criança já está sofrendo com aquilo”.

Mendes ressaltou que há hoje uma grande dificuldade para identificar o universo de crianças que trabalham no país, principalmente porque se trata de trabalho informal, em geral. Por isso, o ideal seria a articulação entre os vários órgãos, associações e profissionais que trabalham com a criança e o adolescente para inseri-las em programas sociais que as livrem do trabalho. “Tem que haver diálogo entre a escola, a família, a saúde, a sociedade de bairro e as regionais das secretarias das áreas de educação, esporte e lazer e saúde”, disse.


Por:Elaine Patricia Cruz

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Projeto que obriga veículos de comunicação a divulgarem mensagens contra a exploração sexual de crianças e de adolescentes, está no Senado!

Rádios podem ser obrigadas a fazer campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes .

Está pronto para ser votado na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) o projeto de lei do Senado que pretende obrigar as emissoras de radiodifusão a veicularem mensagens contra a exploração sexual de crianças e de adolescentes. As mensagens também devem conter a defesa do uso seguro da internet. O projeto (PLS 332/10) modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

De autoria da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia, que funcionou entre 2008 e 2010, o PLS 332/10 prevê que as emissoras reservem cinco minutos de sua programação diária para as inserções das mensagens, a serem distribuídas uniformemente ao longo da programação. Estabelece, ainda, que o material a ser divulgado seja fornecido gratuitamente pelo órgão competente do Poder Executivo, nos termos da regulamentação.

Para a relatora na CCT, a senadora Angela Portela (PT-RR), não há como deixar de reconhecer a força comunicativa desses veículos, que podem e devem ser componentes importantes no esforço de combate à exploração de crianças e adolescentes, por isso ela é favorável ao projeto. Mas, em sua opinião, é preciso compensar as empresas pela perda de receita derivada da redução de tempo que poderia ser utilizado para publicidade comercial.

Assim, a parlamentar considera justo e razoável que, ao decidir envolver as emissoras em campanhas de conscientização, o Estado as indenize adequadamente, e para isso, apresentou emenda para instituir um mecanismo de compensação fiscal para reparar as perdas de receita a que estarão sujeitas as emissoras privadas.

Se aprovada na CCT, a proposta seguirá para análise da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e, depois, para o Plenário.

Fonte: Agência Senado

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O papel da família e da escola na educação sexual das crianças

A sexóloga, Laura Muller, que esclarece as dúvidas dos jovens no Altas Horas, fala sobre a importância da educação sexual.




Há cinco anos Laura Muller dá um show à parte no programa Altas Horas, da Globo. Psicóloga especialista em sexualidade, ela responde a todas as perguntas dos jovens e artistas que participam da atração comandada por Serginho Groismann com tranquilidade, segurança e leveza. A galerinha adora!

Nascida e criada em Juiz de Fora (MG), Laura se formou em jornalismo e iniciou a carreira no jornal Folha de S. Paulo. Começou a falar sobre sexo em 1997, quando se tornou editora de Emoções e Sexo da revista CLAUDIA. Foi quando fez pós-graduação em educação sexual e lançou seu primeiro livro, 500 Perguntas Sobre Sexo. "Tínhamos poucas referências na área e me apaixonei pelo tema", diz.

Desde então, Laura ganhou visibilidade e passou a realizar palestras por todo o país. "No final, as pessoas pediam para que eu as atendesse em consultório, mas como ainda não era psicóloga, não podia. Voltei a estudar!", conta.

Hoje, além das palestras e do consultório, a especialista escreve para jornais e revistas de todo o país e prepara seu quarto livro, este sobre sexualidade para crianças. Neste bate-papo a sexóloga explica o papel da família e da escola na sexualidade e no combate à homofobia. Confira!

O que considera importante para a família na hora de lidar com a sexualidade das crianças?

Os pais são os principais educadores dos filhos, eles já estão dando um roteiro para a criança de como ser homem ou como ser mulher no mundo. Isso é educação sexual. Quando essa criança cresce, vão surgindo as perguntas e a família precisa estar preparada de uma forma aberta. Isso faz parte do desenvolvimento. Basta o jovem encontrar um espaço em casa para sanar suas angústias, dúvidas e falar sobre o assunto de uma forma que ele se sinta acolhido. Os pais não precisam saber todas as respostas, porque ninguém sabe. Sexo é um tema tabu, é natural ter essa dificuldade. Mas com a família à disposição, o jovem já se vê mais seguro sobre isso.

Qual a importância da educação sexual nas escolas?

Desde 1997 esse tema deve ser tratado no ensino, a partir dos 7 anos de idade. Hoje, mais de uma década depois, a gente ainda não tem a totalidade das escolas abordando o assunto. Muitas vezes as questões surgem nesse ambiente. Os beijos, as brincadeiras... Então a escola tem um papel fundamental nessa formação. A educação sexual precisa ser uma ação conjunta entre família, escola e sociedade. Estamos formando essas crianças e adolescentes para serem adultos melhores, cada vez mais confortáveis com seu corpo, sua saúde e a sua sexualidade.




A partir de quantos anos a educação sexual deve ser iniciada?

Desde os 6, 7 anos. A educação sexual é um assunto muito amplo. A gente vai falar de sexo, propriamente dito, na adolescência. Criança também tem sexo. Claro que diferente do nosso, mas tem. E ela já deve saber como funciona o corpo, esclarecer dúvidas. Em casa, às vezes mais cedo que isso, elas já costumam perguntar. E essas dúvidas precisam ser resolvidas.

Quais as principais questões na pré-adolescência?

Elas surgem entre os 11 e 14 anos, quando a menina vai ter a sua primeira menstruação e o menino a primeira ejaculação espontânea, chamada polução noturna. Nesse período é muito importante explicar o que está acontecendo, as transformações do corpo infantil para o corpo adolescente... A menina, quando menstrua a primeira vez, já pode engravidar. O menino, na hora que ejacula, significa que já produz espermatozoides e pode, sim, engravidar uma menina. É preciso ser muito claro para falar de sexo e explicar todas essas questões para que esse pré-adolescente se torne um adolescente mais seguro.

Por que falar sobre isso é tão importante hoje em dia?

A educação sexual fala de amor, de prazer, afeto, relacionamento. É importante para que a gente viva de uma forma mais saudável, prazerosa, tanto física quanto emocionalmente. É preciso se prevenir das doenças sexualmente transmissíveis, da gravidez fora de hora... E esse é o caminho para isso.
A homofobia é um tema em evidência... Como tratar isso com os jovens? O que os pais e o colégio podem fazer para mudar essa realidade?
Primeiro é preciso entender que homossexualismo não é doença. Cada um tem o direito de ser o que é. Cada pessoa tem seu conjunto de valores, crenças, histórias de vida e seu jeito de olhar o mundo e se relacionar com ele. Se uma pessoa é homossexual, bissexual ou heterossexual não existe problema nenhum. Cada um deve ser o que é, sem se esconder. Não é preciso problematizar a história, porque não é um problema. A gente é que cria isso. Nós devemos entender que isso é algo natural.




Laura Muller, sexólogal: "A educação sexual precisa ser uma ação conjunta entre família, escola e sociedade"



Autora: Márcia Piovesan / Colaboradora: Ana Thais Sasso

Como criar um vínculo afetivo forte com seu filho

Pesquisa comprova que a construção de um vínculo afetivo forte com a mãe contribui para ajudar a criança a desenvolver habilidades para lidar com as pressões da vida adulta



Coloque abraços, toques delicados, olhares cheios de afeto e atenção verdadeira. Misture esses ingredientes em quantidades ilimitadas e tempere com limites. Esse é o segredo que vai fazer do bebê um adulto feliz e seguro.

Sim, carinho protege. A afirmação é de uma pesquisa que avaliou 482 moradores do estado de Rhode Island, nos Estados Unidos, na infância e, depois, aos 38 anos. O estudo, publicado em 2010 pela Duke University, concluiu que a construção de um vínculo afetivo forte com a mãe contribui não só para diminuir o stress da criança como para ajudá-la a desenvolver habilidades para lidar com as pressões da vida adulta. Os pesquisadores verificaram que as crianças cujas mães se mostraram mais afetuosas eram as que apresentavam os menores índices de ansiedade, hostilidade e perturbação geral.

Os resultados batem com os de pesquisas anteriores, que apontam a boa relação com a mãe como essencial ao equilíbrio emocional. "Um bebê que conta com uma mãe disponível, pronta para atender às suas necessidades, desenvolve uma relação de confiança com o mundo. Ele também enfrenta situações de desconforto, mas percebe a mãe como um contraponto, alguém que lhe traz alívio e segurança", diz a psicanalista Ana Merzel Kernkraut, de São Paulo. Quer dizer, mesmo que sinta fome, se frustre por não alcançar o brinquedo favorito ou seja tirado do banho no melhor da farra, seu filho terá condições de manter o equilíbrio porque conta com a tranquilidade transmitida por você e suas atitudes.

Vida com mais sabor

Crianças adoçadas com carinho também desenvolvem melhor suas habilidades, mostra o estudo americano. Apresentam uma característica que os psicólogos chamam de resiliência, a capacidade de passar por momentos críticos sem perder o rumo, aproveitando a dificuldade para o crescimento pessoal. E convenhamos: trata-se de um importante aprendizado para a idade adulta, quando as adversidades e os desafios tornam-se mais complexos. Mas não é preciso esperar tanto para provar dos efeitos do seu afeto. As crianças que se sentem amadas desde o berço também saem na frente no que diz respeito ao desenvolvimento motor e intelectual. "No nascimento, o sistema nervoso ainda não completou sua formação, e o carinho que o bebê recebe influencia de maneira direta o processo de conexão entre os neurônios. Quanto mais contato ele tiver com a mãe e quanto mais estímulos receber, mais conexões fará. Consequentemente, mais eficaz será a transmissão de dados entre um neurônio e outro, o que chamamos de sinapse", explica a pediatra Ana Maria Escobar, de São Paulo.

Quer saber como garantir todos esses benefícios? Tudo depende da sintonia que você estabelece com as necessidades do bebê. "Já existem pesquisas indicando que o bebê é extremamente sensível às emoções maternas. Um recém-nascido amamentado por uma mãe deprimida, por exemplo, manifestará um olhar vago e tenderá a virar o rosto na direção oposta à dela. Já aquele que é amamentado por uma mãe feliz com a situação vai fixar o olhar no rosto dela e até estender a mãozinha para segurar-lhe o dedo. Há inúmeros outros gestos como esses, pelos quais os bebês se comunicam e demonstram sua capacidade de captar a condição afetiva da mãe", afirma a psicanalista Magaly Miranda Marconato, professora de psicanálise da criança do Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo.

Para identificar o que o filho está pedindo, é preciso observá-lo. "As mães atuais têm múltiplas funções, mas o dia precisa ser planejado de modo a sobrar tempo para os cuidados com a criança. Só a convivência permite conhecer e responder rapidamente aos seus anseios", diz Magaly. E 15 minutos de bilu-bilu por dia não bastam para criar sintonia. Mesmo que seja para levantar mais cedo ou adiar parte do trabalho para depois que o filho adormecer, tem que pôr a mão na massa, em vez de delegar todos os cuidados.

O segredo é sair do piloto automático e falar com a criança, cantar para ela ou acariciá-la. "Se a mulher não é naturalmente carinhosa, deve pensar em maneiras de expressar o afeto", sugere a psicanalista Rita Calegari, de São Paulo. Ideias? "Não basta trocar a fralda, é preciso estar com o pensamento voltado para aquela atividade e não para a próxima tarefa do dia. A dedicação permite observar o bebê e aproveitar as oportunidades de interação", ensina Rita.


Autora: Rita Trevisan

5 frases que você NÃO deve dizer ao seu filho

Você certamente sabe que o primeiro contato de uma criança com o mundo acontece dentro da família e que os adultos, portanto, tem um papel fundamental na formação da personalidade e identidade social de uma criança. Por isso, tanto os seus atos quanto aquilo que você diz para o seu filho tem grande importância – e podem ter um impacto positivo ou negativo sobre ele.

Segundo a da professora de psicologia da faculdade Pequeno Príncipe (PR) , ligada ao hospital de mesmo nome, Mariel Bautzel, toda a estrutura psíquica e social de uma pessoa é formada na primeira infância. “Não é raro vermos adultos que não sabem lidar com os próprios sentimentos ou que desconfiam muito do outro”, explica a especialista. Para ela, a causa pode estar lá atrás, na infância.

Pensando nisso, com a ajuda de Mariel e também da psicoterapeuta do hospital Infantil Sabará (SP), Germana Savoy, listamos cinco frases que você NÃO deve dizer ao seu filho.

“Pára de chorar”

A clássica frase inibe a expressão do sentimento da criança, sendo que o ideal é que você a ensine a lidar com as próprias emoções. “Sempre aconselho que os pais mostrem uma alternativa para o filho. Uma boa saída é pedir que eles mantenham a calma no momento do choro”, diz Germana.

“Volte já para a sua cama, isso é só um sonho”

Até os 5 ou 6 anos, os pequenos não sabem diferenciar com precisão o mundo real do mundo dos sonhos, por isso eles não entendem bem quando você disser que aquilo que elas vivenciaram não é real. O melhor é acalentá-lo, dizer que o medo logo vai passar e colocá-lo para dormir na cama dele novamente.

“Essa injeção não vai doer”

Mentir para o seu filho faz com que a relação de confiança entre vocês seja quebrada. Fale sempre a verdade. Além da dor da injeção, ele também vai ficar magoado por ter sido enganado.

“Você não aprende nada direito”
Crianças que tem uma referência negativa de si mesmas obviamente ficam com a autoestima prejudicada, explica Germana. E, como elas ainda possuem um mecanismo de defesa pouco desenvolvido, tudo o que um adulto disser terá um impacto enorme. Dizer que elas são burras, ou que nunca vão aprender matemática, por exemplo, pode fazer com que realmente acreditem que tem essas fraquezas.

"Se você não me obedecer, eu vou embora"

A criança tem de aprender a respeitar os pais pela autoridade - e não por medo de perdê-los ou, pior ainda, de serem maltratados. Ameaças e chantagens estão fora de cogitação.

Claro que, às vezes, os pais acabam falando coisas que não gostariam... Se isso acontecer, não se culpe. O jeito é recuperar a calma e conversar com a criança, explicando que agiu de forma errada.

Fonte: Revista Crescer

Depressão pós parto e a repercussão nas crianças

Depressão pós parto (DPP) é uma doença relativamente comum que afeta de dez a quinze porcento das mães, nos primeiros meses após o parto, seno a maior incidência entre a 4quarta e a oitava semana.

Sua intensidade pode variar de um nível muito leve até casos graves (mais raramente) e os sintomas mais comuns são: irritabilidade, choro freqüente, sentimentos de desamparo e desesperança, falta de energia e motivação, desinteresse sexual, transtornos alimentares e do sono, ansiedade, sentimentos de incapacidade de lidar com novas solicitações.

A depressão materna tem sido associada a problemas de comportamento durante os primeiros anos da criança, até cinco anos de idade. “A DPP pode se manifestar com intensidade variável, tornando-se um fator que dificulta o estabelecimento de vínculo afetivo favorável entre mãe e filho, podendo interferir na qualidade dos laços emocionais futuros. Há evidências de associação entre a DPP e prejuízo no desenvolvimento emocional, social e cognitivo da criança.”

Em artigo de julho de 2011 a revista Pediatrics traz um trabalho feito na Austrália com mais de 400 crianças, traz um alento para as famílias onde isto acontece, pois mostra que mesmo em mães com quadros recorrentes de DPP, crianças que ficaram sob cuidados formais de creches por pelo menos 3 horas por semana até os dois anos, tiveram menos problemas de ordem emocional e ou cognitivo, e observaram que o mesmo efeito protetor não aconteceu em crianças que tiveram só cuidados informais.

Os autores concluem: “que mesmo pequenas quantidades de cuidado formal (creches) na primeira infância para os filhos de mães deprimidas podem ter benefícios duradouros para a criança.”

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Gravidez: Estresse da mãe afeta o bebê

Estudo indica que estresse da mãe afeta bebê no útero



O estresse de uma mãe pode afetar seu bebê ainda no útero, produzindo efeitos a longo prazo na vida da criança, sugerem pesquisadores alemães.

A equipe da Universidade de Kontanz, na Alemanha, observou que houve alterações biológicas em um receptor de hormônios associados ao estresse em fetos cujas mães estavam sob tensão intensa --por exemplo, por conviverem com um parceiro violento.


Alterações biológicas em receptor de hormônios podem prejudicar a criança
As alterações sofridas pelo feto podem fazer com que a própria criança seja menos capaz de lidar com o estresse mais tarde. Essas alterações foram associadas, por exemplo, a problemas de comportamento e doenças mentais.

As conclusões, baseadas em um estudo limitado feito com apenas 25 mulheres e seus filhos-- hoje com idades entre 10 e 19 anos--, foram publicadas na revista científica "Translational Psychiatry".

Os pesquisadores fazem algumas ressalvas: eles explicam que as circunstâncias das mulheres que participaram desse estudo eram excepcionais, e que a maioria das mulheres grávidas não seria exposta a graus tão altos de estresse durante um período tão longo.

A equipe enfatiza também que os resultados não são conclusivos, e que muitos outros fatores, entre eles o ambiente social em que a criança cresceu, podem ter desempenhado um papel nos resultados.

Mas os especialistas alemães suspeitam que o ambiente primordial, ou seja, o do útero, tenha papel crucial.

INVESTIGAÇÃO

O estudo envolveu análises dos genes das mães e dos filhos adolescentes para a identificação de padrões pouco comuns.

Alguns dos adolescentes apresentaram alterações em um gene em particular - o receptor de glucocorticoide (GR) - responsável por regular a resposta hormonal do organismo ao estresse.

Esse tipo de alteração genética tende a acontecer quando o bebê está se desenvolvendo, ainda no útero.

A equipe disse acreditar que ela seja provocada pelo estado emocional ruim da mãe durante a gravidez.

SENSIBILIDADE

Durante a gravidez, as mães participantes viveram sob ameaça constante de violência por parte de seus maridos ou parceiros.

Entre dez ou vinte anos mais tarde, quando os bebês, já adolescentes, foram avaliados, os especialistas constataram que eles apresentavam alterações genéticas no receptor GR não observadas em outros adolescentes.

A alteração identificada parece tornar o indivíduo mais sensível ao estresse, fazendo com que ele reaja à emoção mais rapidamente, dos pontos de vista mental e hormonal.

Essas pessoas tendem a ser mais impulsivas e podem ter problemas para lidar com suas emoções, explicam os pesquisadores - que fizeram entrevistas detalhadas com os adolescentes.

Um dos líderes da equipe da Universidade de Kontanz, Thomas Elbert, disse: "Nos parece que bebês que recebem de suas mães sinais de que estão nascendo em um mundo perigoso respondem mais rápido (ao estresse). Eles têm um limite mais baixo de tolerância ao estresse e parecem ser mais sensíveis a ele".

A equipe planeja agora fazer estudos mais detalhados, acompanhando números maiores de mulheres e crianças para verificar se suas suspeitas serão confirmadas.

Comentando o estudo, o médico Carmine Pariante, especialista em psicologia do estresse do Instituto de Psiquiatria do King's College London, disse que o ambiente social da mãe é de extrema importância para o desenvolvimento do bebê.

Segundo ele, durante a gravidez, o bebê é sensível a esse ambiente de uma forma única, "muito mais, por exemplo, do que após o nascimento. Como temos dito, lidar com o estresse da mãe e com a depressão durante a gravidez é uma estratégia importante, clínica e socialmente".


Fonte:DA BBC BRASIL

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A importância das Vacinas

Desde que nascemos, as vacinas fazem parte de nossas vidas. Elas são consideradas produtos biológicos derivados ou semelhantes a um microorganismo causador de determinada doença e servem para induzir o sistema imunológico a criar uma barreira de proteção.

As vacinas podem ser encontradas em postos públicos de saúde ou em clínicas particulares, são eficazes e seguras. Apesar disso, podem surgir reações leves e secundárias após a sua aplicação como dor, inchaço no local, febre e mal-estar. Mas é importante ressaltar que a incidência e a gravidade desses eventos adversos são muito raras e menores que o impacto da própria doença. Portanto, as vantagens da imunização superam, em muito, os efeitos colaterais. Algumas vacinas devem ser tomadas logo na infância. São elas:



• BCG: protege contra as formas graves de tuberculose e deve ser dada logo após o nascimento;
• Tríplice bacteriana: é contra difteria, tétano e coqueluche. Deve ser feita aos 2, 4, 6 e 15 meses e entre 4 e 6 anos de idade, seguida de reforço com a vacina dupla (contra difteria e tétano) a cada 10 anos;
• Tríplice viral: oferece proteção contra sarampo, caxumba e rubéola. Deve ser dada no primeiro ano de vida e repetida entre 4 e 6 anos de idade;
• Vacina contra rotavírus: protege contra a infecção gastrointestinal que causa diarréia, febre, vômitos e dor abdominal. É a principal causa de diarréia infecciosa na infância;
• Vacina contra hepatite B: administrada em três doses – ao nascer, com 1 e 6 meses de vida ou, ainda, em adultos de qualquer idade que não foram vacinados. A infecção pelo
vírus pode levar à cirrose hepática ou câncer de fígado.

Nos adultos, as principais vacinas aplicadas são praticamente as mesmas das crianças: contra a gripe, hepatite B, difteria e tétano, tríplice bacteriana, entre outras. As de meningite C e hepatite A, que surgiram recentemente, também devem ser consideradas.

Vale dar ênfase à vacina anti-HPV (doença sexualmente transmissível), que protege contra o câncer de colo de útero e pode ser administrada em mulheres entre 9 e 26 anos de idade.
As vacinas contra gripe, pneumonia, meningite, hepatite do tipo A e gripe são importantes e recomendadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria e pela Sociedade Brasileira de Imunizações, mas somente podem ser encontradas em clínicas particulares.



Existem também vacinas combinadas, em que a criança recebe proteção contra várias doenças com uma única aplicação (tetra, penta e hexavalentes), que são encontradas exclusivamente em estabelecimentos privados. Essas são administradas em forma acelular, ou seja, com quantidades menores de endotoxina, minimizando as reações adversas e tornando-as mais benignas, sem deixar de fornecer a mesma efi cácia das convencionais.

A maior parte das vacinas requer a administração de mais de uma dose. É necessário respeitar o esquema vacinal recomendado para obter uma resposta imunológica adequada, com a proteção esperada contra determinada doença. Se a pessoa não der seqüência à vacinação, a eficácia dela poderá ser prejudicada.

Autora: Drª Martina Zanotti Carneiro Valentim -Infectologista e clínica geral.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Inteligência e Autoridade

"Um boneco de corda só é capaz de funcionar pela vontade do seu dono..."





Muitos, talvez a quase totalidade dos educadores, e homens preocupados em aplicar as centenas de teorias instrucionais existentes, para mecanizar os estudantes, acreditam que, ensinando-se cada ser humano da face da terra a ler e escrever, resolve-se, por reflexo, todos os problemas desse mundo.

Mas, por trás de cada grupo que defende o caos, a anarquia social, a estruturação de uma mente social inclinada a lhes seguir os passos, seja por ideologia ou qualquer outro motivo, o que existe senão uma autoridade culta, repleta de todo conhecimento do homem, um idealista?

E nos tempos de suposta paz, onde os governos totalitários, ou chamados democráticos, ou socialistas, cujo lema é sempre conduzir seu povo para onde apontam seus interesses pessoais, estes também não são extremamente cultos? E os cientistas sem ética, sem sensibilidade, movidos pela ganância do acumular cada vez mais méritos, mais reconhecimento público, mais poder, criadores das mais letais armas de destruição em massa, também estes, não são cultos?


E a autoridade criadora das ideologias, os chamados cientistas sociais, ou sábios, cujos ideais apenas se prestam a suprir seus desejos pessoais de poder, de dominação, que controlam sua multidão de séquitos através da prática do medo, limitando até seu modo de pensar, instituindo o que devem desejar, para onde devem direcionar seus esforços de realização, o que devem esperar da vida, conduzindo-os, como a uma manada de animais ao seu pasto, também estes não são dotados de vasta cultura?

Podemos ser bastante cultos, doutores em literatura, conhecimentos do mundo, mas ao seguirmos uma autoridade, ao nos submetermos aos caprichos de um indivíduo, ou grupo, ou ideologia política ou religiosa, não estamos também negando nossa própria liberdade de expressão? Se não somos capazes de pensar e nos deixamos conduzir pelo pensamento alheio, somos indivíduos ou autômatos mecanizados e programados coletivamente? Onde está então nossa inteligência, será coisa de segunda mão?

Se não somos capazes de pensar com liberdade, com clareza, por que devemos achar que existe em nós algum vestígio de inteligência? Há em nós inteligência quando sequer usamos nosso cérebro para decidir nosso destino, nossas preferências, como devemos nos relacionar com esse mundo, de coisas e entes humanos? Se somos conduzidos, sem questionarmos, sem direito à liberdade de escolha, enclausurados pelo domínio de outros, há diferença entre nós e uma manada de bois sendo conduzidos ao matadouro indiferentes ao perigo que lhes aguarda?

Supondo que iniciemos uma jornada em direção a um ponto, destino qualquer. Podemos nos dirigir a esse ponto sem sabermos o motivo, sem saber o que devemos encontrar no final, sem decidirmos sequer a hora de descansar e levantar para continuar a caminhada, e ainda assim, nos considerarmos inteligentes? Afinal de contas, o que é, para nós, inteligência?

Observe um robô movido a um mecanismo analógico, a chamada corda, destes que gravam e depois, ao aperto de um botão, reproduzem a voz do seu dono. Eles simplesmente repetem aquilo que ouvem, e isso, não quer dizer que sejam inteligentes, ou que sejam capazes de pensar. Há então diferença entre eles e alguém que simplesmente, sem questionar, sem pensar, segue cegamente o pensamento de uma autoridade, que o controla, a repetir suas vontades e desejos?

Há uma mecanicidade em nossos gestos e hábitos. Reparem como repetimos as coisas que nossos pais, amigos, ídolos, gente da moda, gostam de fazer, ouvir, falar, e assim, logo em nós se tornam hábitos. Não porque os preferimos, uma criança não tem preferências, mas porque pela repetição regular da coisa, aquilo termina por se alojar em nosso cérebro como uma ordem a ser executada. E assim é criada uma identificação entre nós e o hábito que repetimos. O hábito passa a fazer parte de nossa personalidade, é incorporado ao nosso eu, como um detalhe que nos identifica como o indivíduo que somos.
Não é o excesso de conhecimento que aliena o homem, mas, antes disso, o desnecessário...


Nesse processo inteiramente mecânico, onde velhos hábitos são imitados, ajustados à realidade do nosso corpo, não existe um pensador, pois nada de novo é criado, apenas copiado. Chamamos de inteligência a capacidade inata que todos possuem de imitar, mas, podemos acrescentar que mais lógico, sensato, seria considerarmos inteligente, aquele que não imita, que age de forma independente, que está disposto a questionar por quê, deve também ele continuar imitando, mesmo que isso signifique uma oposição contra o padrão que a todos guia.

Não é inteligência o saber imitar, mas seria o compreender que imitação não significa ser inteligente. A inteligência é o ato de examinar, questionar, ponderar, avaliar todas as nuances de uma mesma questão, sem opinião de qualquer espécie previamente formada. Repetir palavras e procedimentos não é ser inteligente, isso o computador já faz melhor e mais eficientemente que qualquer individuo humano, e nem por isso possui inteligência.

Nasce a inteligência quando há a liberdade do natural questionamento, seja o simples perguntar: “Por que devemos escovar os dentes três vezes por dia?”. Ao sentir-se livre para questionar, também o individuo está livre para ser criativo, e não imitativo. Imitar não é ser criativo, chama-se a isso de plágio, ou pensamento de segunda mão. Mas, aparentemente, é como vive a maioria das pessoas.

Podemos questionar desde já uma coisa simples: Por que, a despeito de toda autoridade e cultura dos sábios, que teimam em serem imitados, por motivos mil, ainda, o homem não consegue viver sem conflitos entre si? Esse inexpressivo questionar já demonstra inteligência, uma vez que indaga sobre nosso próprio modo de ser, de agir, afinal até agora tudo que fizemos foi o imitar nossos ancestrais, e aonde chegamos?

Autora: Anne M. Lucille

Crianças agressivas: como lidar com elas?

A agressividade infantil pode se tornar um hábito para a vida adulta, se não cuidada com o devido preparo...
A infância é o período mais rico e importante da vida de qualquer pessoa. Nesta fase são absorvidos valores e despertados talentos. Muitos comportamentos adultos têm suas primeiras manifestações nesta saudosa fase tão linda e inocente.

Crianças na primeira infância muitas vezes se expressam mordendo, gritando, beslicando ou chutando. Antoniele Fagundes, que é Consultora Familiar, explica que nos primeiros anos de vida as crianças estão aprendendo como funciona a sociedade e quais as suas potencialidades. Testar as capacidades que nosso corpo pode fazer como chutar e gritar ou experimentar o corpo de outra pessoa, mordendo ou beliscando é um importante aprendizado.


Caso esse comportamento perdure ou aconteça de forma exacerbada, pode ser um sinal de que algo não está bem. Os pais devem estar atentos aos ataques de agressão e conversar de forma firme, mostrando que a criança pode adquirir o que deseja sem ter que machucar o outro. "O castigo pode ser temporariamente satisfatório para os pais. No entanto, pelos exemplos que tenho acompanhado, apenas dá uma pausa e faz a criança muitas vezes ficar mais tensa ao ter que lidar sozinha e quieta com aquelas sensações de euforia e agressividade", aponta Antoniele.

Há casos em que os pais se culpam pelo pouco tempo passado com os filhos e deixam de cumprir seu papel de orientador e disciplinador durante os momentos que estão juntos. A permissividade que atualmente existe em muitos lares é fator importante na observação de um quadro de agressividade infantil. "As crianças estão a todo tempo testando os limites do seu comportamento para saber até onde podem ir. Quando os pais ou educadores não impõem regras claras e firmes, a criança sofre com a falta de alguém para limitar suas ações", esclarece a consultora.

Regras e limites são importantes para que as crianças aprendam a controlar seus impulsos agressivos e lidar com as frustrações para conviver em sociedade de forma saudável. A falta de orientação e limites permite que a criança cresça desestruturada. Pais com posturas firmes e carinhosas conseguem equilibrar a situação.

Para famílias que já tentaram diversas maneiras de conter atitudes negativas de seus filhos e mesmo assim ainda possuem dificuldades em conseguir uma solução definitiva, a consultoria familiar tem muito a oferecer. Através de conversas esclarecedoras, os pais podem se dar conta que pequenos gestos contribuirão para a felicidade maior do filho e harmonia familiar.




Autora: Antoniele Fagundes

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Perfil de abusadores







Juizado da Infância revela perfis de abusadores

Homem, com idade variando entre 30 e 49 anos, que mora junto com a vítima. Este é o perfil da maioria dos agressores em casos de violência ou exploração sexual contra crianças e adolescentes. Quanto às vítimas, são majoritariamente meninas (86%) e têm 13 anos ou menos (80%). Os dados fazem parte de levantamento feito pelo 2º Juizado da Infância de Juventude (JIJ) de Porto Alegre, a partir de 428 ações criminais nas quais as denúncias foram recebidas, entre agosto de 2008 e março de 2011.

Dentre os réus, 97% são homens, e 52% têm entre 30 e 49 anos. Grande parte das vezes (42%), dividem a residência com a vítima, sendo que 21% são padrastos, 17% pais, 17% vizinhos e 8% tios. Em 58% dos casos, a acusação é de que a violência ocorreu mais de uma vez (síndrome da adição).

A violência sexual constitui 93% dos processos. Somente 6% dizem respeito à exploração sexual, que é o comércio de sexo com adolescentes de 14 a 18 anos (quando a vítima tem menos de 14, considera-se violência sexual presumida). O percentual restante (1%) reúne violência e exploração sexual. Na avaliação do juiz do 2º JIJ, José Antonio Daltoé Cezar, os casos de comércio sexual provavelmente são mais numerosos, porém raramente denunciados.

Depoimento especial

Em Porto Alegre, os delitos de violência e exploração sexual praticados por adultos contra crianças e adolescentes são julgados pelo JIJ, conforme determinação da Lei Estadual nº 12.913/2008.

Dos 428 processos analisados em primeiro grau de jurisdição, naqueles já julgados, houve responsabilização do acusado em 72%. Na avaliação do juiz Daltoé, o aumento no número de responsabilizações, comparado à prática forense anterior, se deve à forma como a vítima é recebida e ouvida pelo sistema da Justiça.

Na forma preconizada pela Resolução nº 33/2010 do CNJ, o chamado Depoimento Especial, a criança não mais é ouvida na sala de audiências tradicional, mas em uma sala especial, acompanhada por um profissional especialmente capacitado para essa tarefa. Trata-se de um ambiente lúdico, equipado com câmera filmadora e microfones ligados por vídeo e áudio à sala de audiências tradicional, onde se encontram o juiz, o representante do Ministério Público, o advogado e o próprio acusado. O profissional escuta a criança/adolescente com técnicas próprias para colheita do relato, podendo as partes interagirem no sentido de que todos os esclarecimentos sejam realizados. Com isso, busca-se deixar a criança/adolescente mais segura e à vontade para relatar os acontecimentos.

Conforme artigo 12 da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, é direito dela falar em juízo, com suas próprias palavras, em quaisquer processos que lhe digam respeito. Além de Porto Alegre, a estrutura do Depoimento Especial está disponível em mais 25 comarcas do Estado. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RS.

Fonte: Consultor Jurídico

A Criança e a Autoestima

Um processo autônomo, como o gesto de andar, depois correr, ou aprender a pegar, segurar alguma coisa, nada disso requer inteligência, uma vez que são processos involuntários, do mesmo modo que o são, o olhar, o sentir cheiro, o escutar sem direito a escolha. Já sabemos pegar nas coisas, de berço, e com o tempo, apenas vamos aperfeiçoando a técnica, depois aprendemos a dar nomes aos objetos que estamos segurando. E para nada disso é requerida a inteligência, pois trata-se de um mero gesto de repetição, imitação, assim como o faz um papagaio, que é capaz de imitar sons, mesmo sem saber o que significam.

Criatividade não significa estar apto a repetir, a imitar, a decorar pantomimas para depois praticá-las como se fossem habilidades. Podemos ter ideias, mas isso na verdade reflete apenas uma diferente forma de se ver algo já existente. Nesse caso, uma ideia anterior, segue modificada, com aparência de nova, assim como nosso comportamento, que se parece coisa nova, quando na verdade, apenas o veículo que é nosso corpo é novo, não os hábitos.


A insatisfação e satisfação, opostos de um mesmo estado, é a causa e efeito de toda ação humana. É o que determina o que devemos ou não desejar, procurar obter, evitar, criar nossos objetivos de vida. Também, a partir destes dois pontos, que são pontos equidistantes de uma mesma coisa, isto é, a busca por satisfação, todas as personalidades humanas são criadas.

E disso também resulta a maioria dos estados emocionais do homem. Tristezas e alegrias, melancolia e euforia, medo e coragem, falta de confiança e confiança em si mesmo. Também os motivos que causam cada um destes estados nos indivíduos, estão associados ao desejo de obter satisfação. Isso significa ser aceito, bem sucedido, bonito, capaz, idolatrado, desejado, ter poder.

Compreender porque desejamos sempre mais que nossas necessidades, liberta a mente da sede de poder. Assim, ainda na infância, as frustrações dos adultos, educadores involuntários das crianças, devem ser contidas diante destas. Uma frustração adulta, quando exortada diante de uma criança, sinaliza para a mesma, que aquele comportamento é natural, que deve ser imitado. E embora intelectualmente a mesma ainda seja incapaz de compreender o que está acontecendo, os efeitos emocionais, tais como ansiedade, inquietação, intolerância e irritabilidade, estes são de compreensão imediata.

Confiança em si mesmo, é quando conseguimos enfrentar nossos próprios medos. É o sentir-se capaz de superar obstáculos que se apresentam como grandes problemas. Isso se consegue quando se têm auto-motivação, que é um sentimento de certeza interior. Certeza de que os problemas podem ser superados, nunca pode existir no medroso, onde lhe falta a confiança em si mesmo. Essa qualidade não é inata, mas produto de aprendizado, com as pessoas que estão à nossa volta.

Uma criança que apenas aprendeu a ouvir lamentações, expressões de mágoas e ressentimentos, jamais terá forças para enfrentar seus dilemas pessoais. Terá sua motivação desviada para expressar os estados de apatia, frustrações, coisa própria daqueles que fazem do seu viver uma central para lamentações, que insistem em cultivar mágoas e ressentimentos.

Sentir-se-á incapaz de realizar qualquer coisa, inseguro por não se achar apto para nada, sequer para pensar com clareza, e acabará por repetir as lamentações que lhe serviram de lastro no passado. Desse modo, como a auto-piedade se torna seu mestre psicológico, não terá forças para reagir diante de problemas, e procurará para sempre, depender daqueles que resolvam tais coisas para si.

Do mesmo modo, quando se exige de uma criança a perfeição, acabamos por criar um individuo isolado do mundo, demasiado critico, medroso de ser repreendido, que mais se preocupará com a opinião alheia, do que com sua própria felicidade. Terá medo até dos próprios pensamentos, embora, na maioria dos casos, jamais descubra a causa de agir dessa forma.

Mostrar desde cedo, com gentileza, sem exigências de perfeição, que os problemas são questões que podem ser resolvidas, desde que encarados de frente, com coragem, determinação e conhecimento, ajudará a criança a preparar o seu emocional para tais situações. De que adianta mostramos para elas apenas o resultado emocional de um problema, através de nossas expressões de raiva, de angústia? Isso apenas servirá para que se tornem ansiosas, sem uma causa aparente, diante de qualquer situação, mesmo de uma surpresa, ou alegria, ou uma simples espera por qualquer coisa.

Do mesmo modo, fazê-las compreender que os erros, longe de ser demonstrações de fraqueza ou imperfeições, servem como guias para os acertos, capacitará todas elas para serem mais tolerantes, mais flexíveis em seus julgamentos e expectativas, diante de qualquer coisa.

E, finalmente, devemos nos lembrar de repreender uma falha com orientação, e um acerto com incentivo. Lembrando que na orientação, a paciência será fundamental para que ela apreenda o que está sendo dito. Do mesmo modo, um acerto não se incentiva com prendas ou elogios fáceis, mais com encorajamento, com apreciação verdadeira, com demonstração clara, inequívoca, de que aquilo tem algum valor.


Autor: Jon Talber

Crianças - O Adulto de Amanhã

Um pouco de atenção vale mais que muita preocupação.
Quando não estamos presentes na educação dos nossos filhos, logo estamos em busca de algum culpado para justificar a razão dos seus comportamentos deformados. Mas, infelizmente para os pais, não há como justificar que o resto do mundo seja culpado de alguma coisa. Podem criar desculpas elaboradas, podem ter um motivo para cada coisa, e podem mesmo alegar falta de tempo, pois trabalham fora, precisam manter a casa, etc. Mas, não há como fugir da realidade, e esta é simples, os pais ou tutores são os verdadeiros responsáveis pela conduta de suas crianças, afinal de contas, estas não vieram ao mundo como cães sem dono.


Se não conseguem ter tempo para cuidar delas, isso faz parte do problema criado por eles mesmos, e não existem outros culpados. Como podemos exigir do mundo coerência para o modo de pensar e agir dos nossos filhos, se nós mesmos nunca lhes demos isso? Uma criança, criada dentro de um lar atencioso, com pais ou tutores carinhosos, respeitadores, só por obra de um trágico e ilógico destino, poderão ter uma mente deformada ao crescerem.

As tentações do mundo lá fora, seus vícios e manias, existem primeiro dentro de nossas casas, através de nossas posturas pessoais, do modo como para elas retratamos e descrevemos os nossos ideais, nossas angústias, frustrações e medos.

Disso vai depender o que gostarão de ser no futuro, e a influência lá de fora, servirá apenas de complemento para seus desejos. Sendo criado em um ambiente de atenção, cuidados e compreensão, nada, mais nada, do mundo lá fora, tenderá a influenciá-los de forma negativa. Se ainda assim caírem em tentação, será porque uma correta educação preliminar, nunca tiveram em casa. Não se trata de lhes proporcionamos conforto e plenitude material, mas antes disso, de lhes darmos atenção e respeito, afinal, são nossos filhos.

Muitas vezes se comenta, como jovens que tem uma boa vida, uma família estruturada e estável, uma boa escolaridade, pais aparentemente justos que lhes suprem todas as necessidades, como jovens assim, se deformam a ponto de cometerem excessos, se entregarem aos vícios ou drogas, ou praticarem delitos graves.

Educar sem vocação é o mesmo que tentar ler com o livro fechado.


Perguntamos nesse ponto: Como afinal de contas nasce a mente de um jovem; de onde virão as influências que lhe darão o comportamento, a conduta que o caracteriza como indivíduo? Do mundo lá fora, dos amigos; sugestão da sociedade, dos costumes; o que afinal de contas os influenciam a ponto de determinar o que devam ou não ser, devam ou não fazer de suas vidas?



Uma criança não se preocupa com a personalidade que terá; ela sequer sabe o que vem a ser isto.
Sabemos que uma criança não nasce com uma personalidade, então, só podemos deduzir, pela lógica, que tudo isso ocorre no intervalo entre sua fase infantil e adolescente. Mas, como essa criança recém chegada ao mundo apreende os caracteres que determinarão sua personalidade, seus gostos, seus desejos, suas amarguras, seu caráter?

Uma criança aprende através da imitação, logo ela precisa de um exemplo prático para imitar, um modelo para reproduzir, ou vários modelos, e destes, finalmente, vai tirar aquilo que lhe servirá de gabarito para construir sua própria personalidade. Não há outra maneira, mas existem muitas formas de como essa maneira tende a se apresentar para ela, ou influenciá-la.


Elas não poderão gostar das coisas lá de fora, se já não tiverem uma predisposição psicológica para que tais influências surtam efeito sobre as mesmas. Não se trata de atração involuntária, ou necessidade física por uma ou outra coisa do mundo, pois o que existe de concreto, é uma mente, um cérebro a deduzir, a avaliar, tudo aquilo que pode lhe proporcionar alguma vantagem, alguma compensação, ou prazer.

No cérebro, é lá dentro que estão suas memórias, suas lembranças, tudo aquilo que aprendeu a odiar ou preferir, a rejeitar ou idolatrar. Isso se aprende, se aprende com alguém, seja quem for; isso não é coisa inata, nem uma condição física que não esteja sob o domínio da vontade, como acontece, por exemplo, com uma corrente sanguínea, que flui, sem depender do nosso desejo, credo ou opinião.

A questão que surge então é essa: Como surgem as predisposições, os desejos, as preferências, as antipatias ou empatias que darão lastro a personalidade dos nossos filhos, uma vez que eles não nascem com isso? Será coisa instintiva, como o são a capacidade de sentir fome, frio, etc., ou isso se aprende através da imitação, de um modelo que lhe sirva de exemplo?

Para diferenciar uma coisa instintiva de outra adquirida através do hábito, é simples, basta separar aquilo que é movido pelo desejo, pela vontade, daquilo que não é. Por exemplo, sentir fome, sentir dor, e assim por diante, isso não depende de nossa vontade, ocorre à revelia do nosso querer, logo aí não há a interferência do pensamento, isso é instinto. Se podemos escolher ou comparar, preferir, então é coisa do pensamento, faz parte de nossas memórias apreendidas, acumuladas através de nossa experiência pessoal, e certamente, de alguém isso copiamos, ou aprendemos.

Descobrir que os vícios do mundo são repassados a cada geração para nossos herdeiros, esse deve ser o primeiro passo; aceitar que esse é o modo que serve de modelo às futuras gerações, é compreender a coisa. Feito isso, como educadores, assim como o agricultor que pretende separar os grãos incapazes de germinar dos capazes, devemos avaliar tudo aquilo que não mais nos serve, que não serve de exemplo ao homem, que não mais merece ser imitado, repassado, como até hoje o temos feito, cujo resultado é o mundo onde vivemos.

Não podemos mudar o mundo, que isso fique muito claro, tão óbvio quando o ar que respiramos, mas podemos sim, transformar o indivíduo, aquele que vê esse mesmo mundo, o mesmo que multiplica e perpetua os hábitos que aqui se pratica. Este sim será capaz de alguma ação, individual, capaz de deixar uma herança digna para seus sucessores, sem vícios, e talvez, criar, um lugar mais justo para se viver.


Autor: Jon Talber

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Onde denunciar crimes contra crianças e adolescentes.

QUEM CALA TAMBÉM VIOLENTA






Não permita que isso aconteça do seu lado!

Conheça as vias para combater este grave problema.
Você não deve intervir diretamente quando identificar uma situação de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes. O procedimento correto é fazer uma denúncia pelo Disque 100 – Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes, disponível em todo o País, ou buscar o Conselho Tutelar ou um Conselho Municipal de Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente em sua cidade.

A denúncia é um importante instrumento de intervenção da sociedade no sentido de coibir a prática do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes. O Disque 100 funciona diariamente, das 8 às 22h, inclusive nos finais de semana e feriados. Qualquer pessoa pode utilizar o serviço – adultos, crianças e adolescentes – e é garantido o anonimato.

Para denunciar, você também pode entrar em contato com:

•Polícia Militar – 190
•Polícia Rodoviária Federal – 191
•Delegacias especializadas ou comuns
•Disque denúncias locais
•Delegacias de Polícia
•Polícia Federal

Na vara da Infância e Juventude do Ministério Público, também é possível fazer denúncias. A Promotoria de Justiça está a disposição da sociedade!

Você pode seguir o seguinte passo a passo nessa abordagem:

•Primeiro, procure conhecer a história de vida daquela criança ou adolescente;
•Leve em conta o ponto de vista da menina ou menino;
•Faça com que ela ou ele se sinta acolhida/o e protegida/o;
•Não rotule e procure a maior clareza para ajudá-la/o a entender o que há de inadequado naquela conduta e/ou comportamento.
E lembre-se: é essencial escutar com interesse a criança ou adolescente para poder ajudá-lo.

sábado, 9 de julho de 2011

Professores X Pais

Com a correria que enfrentamos no dia a dia, muitos de nós, pais e mães, sequer temos tempo para nos cuidarmos, e muitas vezes, acabamos focando tanto em alguns aspectos, que nos esquecemos de outros, na criação dos nossos filhos. Sem perceber, até causamos danos aos nossos filhos, principalmente quando tentamos compensar a ausência, com excesso de liberdade e falta de limites.
Não raro, o professor passa mais tempo com as crianças que os próprios pais. É bastante razoável afirmar que o professor conhece melhor as crianças que seus pais, já que além da questão do tempo, o professor não impões as regras e padrões na construção da personalidade, ele apenas orienta e instrui. A criança tráz de casa um padrão, que na ausência de seus modeladores, se funde a sua essência, tornando assim o indivíduo que ela é, ou melhor, exteriorizando o indivíduo real.
Quando algum padrão de comportamento se altera, é sinal que algum fator externo afetou diretamente o campo emocional. Muitas vezes a criança não sabe se expressar, mas suas atitudes e desenvolvimento dão sinais.
Uma criança que sempre sorria, de repente, se torna introspectiva, é sinal de alerta. Ás vezes na própria letra da criança é possível identificar algum bloqueio, ou mesmo trauma. As dificulades de concentração e absorção de conhecimento, regressão emocional e mesmo motora, são indícios preocupantes.
Mas o mais importante, é o professor estar comprometido com seus alunos, não apenas ao transmitir conteúdos didáticos, mas com seu desenvolvimento emocional, cognitivo e social. Inclusive pelo fato de que um trauma não cuidado, pode ter sérias consequências ao longo da vida daquela criança, e quer queiram quer não, afetam diretamente a sociedade como um todo. Crianças infelizes são sinônimos de adultos frustrados.
Ser professor é ser muito mais que pai ou mãe, pois amar seus próprios filhos é fácil, o professor ama os filhos alheios, como se fossem seus.


Sallime Chehade

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Programa Cidinha Livre em 18/05/2011.

Cidinha Livre 18/05/2011
www.youtube.com

Cidinha Livre é comandado por Cidinha Campos, que entrevista diferentes convidados de acordo com o tema a ser abordado! No dia 18 de Maio, foi a vez de CRIANÇA NÃO É BRINQUEDO!!

http://www.youtube.com/watch?v=uN3r7lQy6mM

Criança não é brinquedo é destaque em jornal de Macaé.

http://www.jornalorebate.com.br/site/pais/7252-crianca-nao-e-brinquedo





CRIANÇA NÃO É BRINQUEDO!
País
O REBATE
Qui, 07 de Julho de 2011 15:13
Nascido em março de 2011, reúne um time de pessoas de profissões diversas, em Estados distintos, que se encontraram através da internet, por um ideal em comum: A luta em prol da preservação, assistência e proteção de nossas crianças.
Atuando como ferramenta de informação, esclarecimento e divulgação, o CRIANÇA NÃO É BRINQUEDO, vêm reunindo milhares de pessoas no Brasil e no mundo, que se preocupam e se sensibilizam com as causas engajadas pela comunidade. Quando necessário, a comunidade atua como mediadora de denúncias de qualquer tipo de violência contra crianças, promovendo apoio e orientação.
O foco principal do CRIANÇA, são as mais variadas vertentes que envolvam a infância, desde aspectos emocionais à questões de desenvolvimento social.
Vítima de violência durante a infância, Larissa (criadora da comunidade, hoje casada e mãe de dois filhos, uma adolescente e uma criança), preocupada com o tão conhecido "silêncio dos inocentes", transformou seu desespero em arma de combate à essa monstruosidade real e desastrosa, denominada "pedofilia".
Assim que a comunidade foi criada, Larissa recebeu mais um presente de Deus, o apoio de um anjo que veio para impulsionar ainda mais essa luta, o Promotor de Justiça Curador da Infância e Juventude em Divinópolis/MG o Dr Carlos José e Silva Fortes, o "Casé Fortes", que atua de maneira brilhante difundindo a campanha "Todos contra a pedofilia" (www.todoscontraapedofilia.ning.com). Seguido das presenças de Carla Alves, Juliete e Sallime. Completando então um time incansável de militantes do bem!
Colocando em foco novamente, a proposta do CRIANÇA NÃO É BRINQUEDO, é alertar e conscientizar a sociedade, inclusive autoridades e políticos, sobre o perigo real que assola nossas crianças, seja através da internet e/ou mesmo dentro das próprias famílias. Cobrando atenção de todos, uma vez que os pedófilos se tornam cada vez mais ousados e buscam, dia após dia, maneiras sórdidas de promover a exploração infantil e burlar quaisquer caminhos que os incriminem.
Lembrando que a pedofilia movimenta no mundo hoje, mais dinheiro que o tráfico de drogas, e que o Brasil é o terceiro país onde mais ocorrem casos dessa atrocidade, todos os esforços para transformar essa realidade, são imprescindíveis. Afinal: CRIANÇA NÃO É BRINQUEDO!!!

Casé Fortes - Todos Contra a Pedofilia
Prevenção e Combate aos crimes ligados à Pedofilia; Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.